terça-feira, 18 de setembro de 2007

Como ser um perito digital?

O que é preciso para entrar para este seleto grupo de especialistas em crimes virtuais?

Como a profissão é relativamente nova – ou pelo o aumento na demanda por estes profissionais é mais recente –, não há graduações neste campo.

Por lei, não há exigência de uma formação específica – para prestar concursos públicos na área, basta ter nível superior, em qualquer carreira.

Mas, obviamente, o profissional deve ter amplos conhecimentos em tecnologia da informação para ingressar na área.

Profissionais especializados em segurança da informação levam vantagem por conhecer as formas de atuação dos criminosos virtuais.

Giuliano Giova, presidente do Instituto Brasileiro de Peritos em Comércio Eletrônico e Telemática (IBP), adverte.

“É preciso tomar cuidado para não confundir segurança com perícia. A primeira é voltada à proteção dos ativos digitais e a segunda só entra depois que ocorre o incidente e no momento em que ele vai para uma decisão do estado”.

O domínio de conceitos da área de direito, portanto, é fundamental, uma vez que o profissional produzirá laudos periciais.

“O perito digital atua na intersecção dos sistemas jurídico e tecnológico. Além de conhecer a legislação brasileira, ele deve entender também de Direito Internacional, já que tudo que está ligado à internet é de escopo global”, defende Giova.

“Com o crescimento do uso de recursos multimídia, conhecimentos de tecnologias de imagem e voz passam a ser fundamentais também”, acrescenta ele.

“Estes recursos dão outra dimensão a crimes como espionagem industrial e extorsão, por exemplo. Imagine o que um hacker que controla a webcam instalada no escritório de um executivo ou no quarto de uma adolescente pode fazer”, justifica.

Compreender outras línguas, especialmente o inglês, é outro requisito básico de um perito digital, que no seu dia a dia lidará com pragas virtuais internacionais, quadrilhas de criminosos que operam em múltiplos países e, além disso, precisará buscar informações muitas vezes disponíveis apenas em outro idioma e cooperar com profissionais estrangeiros.

Para Giova, além da formação acadêmica, o perito digital deve ter algumas habilidades específicas, como a capacidade de se aprofundar nas questões. “Ele não pode se deixar levar pela primeira impressão e deve ter uma ampla capacidade de análise e síntese”, explica.

O executivo defende ainda que, para aqueles profissionais que não trabalham diretamente para o estado, é preciso manter a integridade.

“Se profissionalmente eu fabrico sistemas para bancos não é ético produzir um laudo para cliente que está processando uma instituição financeira”, acredita Giova.

A recompensa compensa o esforço: “A remuneração de um perito digital varia, em média, 5 mil a 15 mil reais”, diz o executivo.


fonte: http://idgnow.uol.com.br

Um comentário:

Anônimo disse...

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